Testemunho dos Feridos - "Um Conto Lírico de Amor"
Autor: Nhokw
Capítulo 1: Conflito Interior
[...] Um êxtase desajeitado, pondo as máscaras canhestras bem a tempo. Mas alguém ainda estava berrando e tropeçando. Não era como ter dupla personalidade, muito menos era falsidade. Em todos os seus sonhos, ante seus olhos desamparados... Se em sonhos asfixiantes você também pudesse caminhar. E ver os olhos assustados a se contorcerem em seu rosto. Seu rosto suspenso, como o de um diabo, doente de pecados; Ele despertou, e podia ouvir, a cada solavanco, o sangue. Viu em garguarejo dos pulmões corrompidos pela espuma, obsceno como o câncer, amargo como o bolo alimentar. Debatendo-se como um homen em fogo. Indistinto, através das vidraças enevoadas... Como sob um mar, vi-o que se afogava. As lágrimas secas que saiam de seu corpo vil, testemunhava a situação. [...]
Tigrounette tinha em seus pensamentos, memórias de um grande amor. Ao relembrar das cenas dolorosas, ficava dividido... Era como amar e odiar ao mesmo tempo. Mas não havia como odiar quem lhe trouxe a maior felicidade do mundo, quem fez com que o que acreditava, não fosse uma velha mentira. Realmente existia o amor.
Por alguns anos, aquela misteriosa ratinha fora só o que via. Quando abria os olhos, e saía de sua realidade transtornada, nada mais via: apenas ela. Não havia como saber se seria correspondido, se ela sentiria os mesmos tremores, que por sua vez sentia. E agora, teria apenas uma chance... Uma única vez para conquistá-la; O destino! Não, não se pode acreditar no destino.
Em contradição, ele era muito confuso, e achava que ela não se expressava. Sua alma vagava num mundo sem razões, e ia construindo uma muralha. Era um grande muralha; Mas prestes à desmoronar. A solidão sempre o confortara, mesmo sabendo que ali faltasse algo. Invisível, intocável. Uma dor que ultrapassava as antigas dores que carregava, como uma cruz. Dor.
Capítulo 2: Então poderia ser o destino
[...] Fracassos. No vestido, marcas coloridas... De todas as cores, de todas as formas, Súplicas e erros. E erros. O vestígio da dor se alastrava pela presa. [...]
A ratinha pela qual Tigrounette se apaixonara, era a simplicidade em sua forma mais pura. E bem que dizem, que às vezes, os gestos mais simples, são os mais puros; E são os que conquistam. De fato, ela conhecia Tigro... Mas para ela, ele era apenas mais um; Mais um de todos que a amavam. Claro, um sentimento existia, mas Tigrounette estava certo, para ela, amar era como um sentimento de fraqueza.
Se apenas algumas palavras ouvisse... Se sentisse o calor de seu corpo,... Se lhe desse apenas uma chance. Aí, tudo estaria resolvido. Então, a briga entre o tempo e a realidade não iria mais existir. E seria como se nunca houvesse existido.
Capítulo 3: Exílio
[...] Era como despejar uma gota de sangue ao leão faminto, que saciava-se sem se queixar da sua origem. E debatendo-se como um homem em fogo ou em matéria viscosa. Traía seus sentimentos, da mesma forma, que domava os mais arriscados e traiçoeiros. Os impulsos passavam ininterruptamente, pra cá e pra lá, no ritmo da música; Duas crianças, ao brincar na chuva, ... Numa chuva de vidraças cortantes. Sangue. [...]
Ora, ora. Algumas palavras reconfortantes, para que o leão agarrasse a presa. Seus pensamentos estavam confusos. Eternos choques!
A luz enfim acendeu-se: e eles se encontraram. Olhares fixos, pensamentos iguais; Confusos, mas iguais. Profundo silêncio. O ponteiro do relógio começava à funcionar. Deu-se à partida. E um aviso, o começo e o fim não se separam por grandes montanhas de felicidade.
Os lábios tocaram-se. Contemplação infinita. A tempestade podia continuar por meses e meses, mas nada os atingia; Nem seus próprios impulsos; Nem suas próprias forças...
Capítulo 4: Testemunho dos Feridos
[...] Nada é eterno, e o destino existe. Infelizmente. Ter fé, é o que resta; Mas em quê? Finalmente. estava feito. Seu rosto suspenso, como o de um diabo doente de pecados, ria. Ria. [...]
O tempo acabou. Após apenas alguns momentos alegres; Extraordinários... A ratinha que Tigrounette tanto amava, faleceu. A rosa vermelha, encontrada apenas no alto das montanhas, perdia algumas de suas pétalas... Até se desmanchar, por completamente.
- Melibellule narrava sua história a vários e vários ratinnhos tomados pela tristeza. Almas perdidas... E nem imainavam eles, inclusive a ratinha, que estavam mortos.
Autor: Nhokw
Capítulo 1: Conflito Interior
[...] Um êxtase desajeitado, pondo as máscaras canhestras bem a tempo. Mas alguém ainda estava berrando e tropeçando. Não era como ter dupla personalidade, muito menos era falsidade. Em todos os seus sonhos, ante seus olhos desamparados... Se em sonhos asfixiantes você também pudesse caminhar. E ver os olhos assustados a se contorcerem em seu rosto. Seu rosto suspenso, como o de um diabo, doente de pecados; Ele despertou, e podia ouvir, a cada solavanco, o sangue. Viu em garguarejo dos pulmões corrompidos pela espuma, obsceno como o câncer, amargo como o bolo alimentar. Debatendo-se como um homen em fogo. Indistinto, através das vidraças enevoadas... Como sob um mar, vi-o que se afogava. As lágrimas secas que saiam de seu corpo vil, testemunhava a situação. [...]
Tigrounette tinha em seus pensamentos, memórias de um grande amor. Ao relembrar das cenas dolorosas, ficava dividido... Era como amar e odiar ao mesmo tempo. Mas não havia como odiar quem lhe trouxe a maior felicidade do mundo, quem fez com que o que acreditava, não fosse uma velha mentira. Realmente existia o amor.
Por alguns anos, aquela misteriosa ratinha fora só o que via. Quando abria os olhos, e saía de sua realidade transtornada, nada mais via: apenas ela. Não havia como saber se seria correspondido, se ela sentiria os mesmos tremores, que por sua vez sentia. E agora, teria apenas uma chance... Uma única vez para conquistá-la; O destino! Não, não se pode acreditar no destino.
Em contradição, ele era muito confuso, e achava que ela não se expressava. Sua alma vagava num mundo sem razões, e ia construindo uma muralha. Era um grande muralha; Mas prestes à desmoronar. A solidão sempre o confortara, mesmo sabendo que ali faltasse algo. Invisível, intocável. Uma dor que ultrapassava as antigas dores que carregava, como uma cruz. Dor.
Capítulo 2: Então poderia ser o destino
[...] Fracassos. No vestido, marcas coloridas... De todas as cores, de todas as formas, Súplicas e erros. E erros. O vestígio da dor se alastrava pela presa. [...]
A ratinha pela qual Tigrounette se apaixonara, era a simplicidade em sua forma mais pura. E bem que dizem, que às vezes, os gestos mais simples, são os mais puros; E são os que conquistam. De fato, ela conhecia Tigro... Mas para ela, ele era apenas mais um; Mais um de todos que a amavam. Claro, um sentimento existia, mas Tigrounette estava certo, para ela, amar era como um sentimento de fraqueza.
Se apenas algumas palavras ouvisse... Se sentisse o calor de seu corpo,... Se lhe desse apenas uma chance. Aí, tudo estaria resolvido. Então, a briga entre o tempo e a realidade não iria mais existir. E seria como se nunca houvesse existido.
Capítulo 3: Exílio
[...] Era como despejar uma gota de sangue ao leão faminto, que saciava-se sem se queixar da sua origem. E debatendo-se como um homem em fogo ou em matéria viscosa. Traía seus sentimentos, da mesma forma, que domava os mais arriscados e traiçoeiros. Os impulsos passavam ininterruptamente, pra cá e pra lá, no ritmo da música; Duas crianças, ao brincar na chuva, ... Numa chuva de vidraças cortantes. Sangue. [...]
Ora, ora. Algumas palavras reconfortantes, para que o leão agarrasse a presa. Seus pensamentos estavam confusos. Eternos choques!
A luz enfim acendeu-se: e eles se encontraram. Olhares fixos, pensamentos iguais; Confusos, mas iguais. Profundo silêncio. O ponteiro do relógio começava à funcionar. Deu-se à partida. E um aviso, o começo e o fim não se separam por grandes montanhas de felicidade.
Os lábios tocaram-se. Contemplação infinita. A tempestade podia continuar por meses e meses, mas nada os atingia; Nem seus próprios impulsos; Nem suas próprias forças...
Capítulo 4: Testemunho dos Feridos
[...] Nada é eterno, e o destino existe. Infelizmente. Ter fé, é o que resta; Mas em quê? Finalmente. estava feito. Seu rosto suspenso, como o de um diabo doente de pecados, ria. Ria. [...]
O tempo acabou. Após apenas alguns momentos alegres; Extraordinários... A ratinha que Tigrounette tanto amava, faleceu. A rosa vermelha, encontrada apenas no alto das montanhas, perdia algumas de suas pétalas... Até se desmanchar, por completamente.
- Melibellule narrava sua história a vários e vários ratinnhos tomados pela tristeza. Almas perdidas... E nem imainavam eles, inclusive a ratinha, que estavam mortos.
1 Comentários:
Agora eu tive disposição e li inteiro.
Nhokw, você é um verdadeiro poeta. Poucas pessoas conseguiriam utilizar as palavras de tal maneira. A história é bastante triste.
A frase "vários ratinhos tomados pela tristeza" me comoveu, como se Meli foce a mãe e os ratinhos estivessem contando com ela para serem salvos, porém, Meli não poderia fazer nada.
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